sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Acidente Vascular Cerebral

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.

As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.

Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.

Irão ser focados aspectos relativos da patologia, tais como, epidemiologia, causas de AVC, factores de risco, fisiopatologia, tipos de AVC, manifestações clínicas, complicações…

Definição
A definição de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionário Médico é uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003).

Acidente Vascular Cerebral é um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas. As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exacta da lesão (Sullivan, 1993).

Epidemiologia

O AVC é uma ameaça à qualidade de vida na velhice não só pela sua elevada incidência e mortalidade, mas também pela alta morbilidade que causa, implantando-se frequentemente em pessoas já com problemas físicos e/ou mentais (Resck, Botelho, Herculano, Namorato, Freire, 2004; William Pryse-Phillips, 1995). Também afecta na sua maioria aos idosos, mas existe uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorre em indivíduos abaixo dos 65 anos. É uma patologia que atinge mais a raça negra, especialmente a faixa etária mais jovem (Sullivan, 1993).

Novos tempos da reabilitação cardíaca

Como tudo na vida evolui a Medicina não escapa dessa teoria. Há mais ou menos 30 a 40 anos um sujeito submetido à cirurgia cardíaca para colocar pontes de safena tinha uma grande perda física e emocional por conta de uma internação muito longa normalmente passando dos 15 dias. Além disso, recebia uma lista enorme de recomendações e proibições que praticamente limitavam ou impediam o indivíduo voltar logo às atividades normais. O avanço da Medicina mudou essa postura no sentido de devolver o indivíduo enfartado às suas atividades habituais com um tempo de internação muito mais curto. Esse tempo mais curto pode ser encurtado mais ainda se o indivíduo antes da cirurgia fazia ou não atividade física. Estudos recentes demonstraram que pacientes fisicamente ativos além de reduzir o tempo de internação tiveram menos complicações no pós-operatório quando comparados com sedentários.

Atualmente o paciente é incentivado a recomeçar a fazer atividade física ainda durante a internação procurando andar por tempo determinado duas ou três vezes ao dia sob supervisão do médico. É evidente que a orientação deve ser mais individualizada possível diferenciando dos programas normais e tão logo receba alta hospitalar o programa tem continuidade após avaliação médica e quando possível com teste de exercício máximo com medida de gases expirados. Essa nova visão inclui preferencialmente um enfoque mais amplo sugerindo não só o exercício profissionalmente orientado como também a dieta, o controle do estresse, da hipertensão arterial, eliminação do tabagismo se for o caso e dos fatores de risco mais rigoroso que levaram o paciente à cirurgia. Normalmente recomendam-se novas avaliações de quatro a seis meses depois reprogramando a atividade física.

As valências físicas a serem estimuladas são o condicionamento aeróbio a força e a flexibilidade começando com a caminhada alguns exercícios de fortalecimento muscular e alongamentos.

A intensidade do esforço fica estabelecida entre 60 e 80% a partir do teste máximo monitorado pela freqüência cardíaca ou pela Escala Subjetiva do Esforço (Escala de Borg) nos casos de pacientes que continuarem a fazer uso de betabloqueadores cuja ação é inibir a freqüência cardíaca.

Um grande avanço também nas recomendações da atividade física é o incremento da musculação outrora contra-indicada. Já é bem estabelecido que os exercícios resistidos atuem beneficamente no emagrecimento, na resistência à insulina e na sarcopenia principalmente nos mais idosos. Ou seja, quanto mais idoso maior a importância a fim de evitar a perda de massa muscular. Outro avanço ainda no campo dos exercícios resistidos destinados a cardiopatas é que não mais se recomenda aquelas séries com muitas repetições e pouco peso e sim poucas repetições, de 8 a 12 e uma ou duas séries sem intervalos em forma de circuito totalizando 10 a 12 exercícios para os grandes grupos musculares. Sabe-se hoje que a relação Duplo-Produto é um dado importante que serve para avaliar o esforço cardíaco pelo consumo de oxigênio do miocárdio. A equação é o resultado da multiplicação da Pressão Arterial Sistólica pela Freqüência Cardíaca. (PAS x FC). Sabemos que cada exercício provoca uma reação diferente tanto na PAS como na FC dependendo da intensidade e duração sobrecarregando ou não o coração.

Tipos de doenças cardíacas

Doença da artéria coronária

A doença da artéria coronária é o tipo mais comum de doença cardíaca e a principal causa de ataques cardíacos. Quando a pessoa tem doença da artéria coronária, suas artérias ficam rígidas e estreitas. O sangue tem dificuldade de alcançar o coração, de modo que este não recebe todo o fluxo sanguíneo que precisa.

A doença da artéria coronária pode ocasionar angina e ataque cardíaco. Angina é dor ou desconforto no peito que acontece quando o coração não recebe sangue suficiente. Angina não é um ataque cardíaco. Porém, ter angina significa que a pessoa tem maior probabilidade de sofrer um ataque cardíaco. Já o ataque cardíaco acontece quando a artéria está quase totalmente ou totalmente bloqueada, e o coração não consegue receber o sangue necessário por mais de 20 minutos.

12 Sinais de que você pode estar com problemas cardíacos

12 Sinais de que você pode estar com problemas cardíacos

12 Sinais de que você pode estar com problemas cardíacos

Por que o índice de mortes por doenças cardíacas é tão alto? O palpite de especialistas é que as pessoas são muito lentas na hora de notar os sintomas e fazer exames, para descobrir se estão doentes e procurar tratamento.

Tudo bem, se você sente pontadas violentas no coração vai direto ao hospital, mas há alguns sintomas que não são tão óbvios ou intensos – e eles podem variar de pessoa para pessoa. Um exemplo é que homens tendo um ataque cardíaco sentem muita dor e falta de ar, já as mulheres se sentem cansadas e enjoadas.

» Porque um coração partido realmente dói?

Justamente porque é difícil entender esses sintomas, médicos alertam: pessoas do grupo de risco (idosos, obesos, fumantes, diabéticos ou pessoas que tenham outros casos de problemas cardíacos na família) devem ir para o hospital se sentirem uma pequena queimação no coração ou, por exemplo, uma dor muscular muito forte, em vez de esperar que o sintoma vá embora.

Confira nessa lista mais 12 sinais de problemas cardíacos que não devem ser ignorados:

1. Ansiedade – o ataque cardíaco pode causar ansiedade e medo. Pessoas que já tiveram a experiência de um ataque cardíaco comentam que sentiram como se o apocalipse estivesse próximo.

2. Desconforto no peito – dor no peito é o sintoma mais clássico, mas nem todos os ataques cardíacos causam dor. A dor geralmente é localizada um pouco mais a esquerda do centro do peito e é comumente descrita como “um elefante sentado no peito” e, mais raramente, como pressão ou como “peito estufado”. E, no caso das mulheres, elas podem sentir queimação.

3. Tosse – uma tosse persistente pode ser um sintoma de falha no batimento cardíaco, que pode resultar em acúmulo de líquido nos pulmões.

4. Tontura – o ataque cardíaco pode causar tontura e até mesmo desmaios. Isso vem das arritmias cardíacas, uma mudança brusca no batimento, ou uma aceleração muito grande do pulso.

5. Fatiga – acontece especialmente entre as mulheres. O cansaço constante pode ser um sintoma de falhas cardíacas. A dica dos especialistas é que você não tente buscar informações na internet nem em livros e vá direto ao médico.

6. Náusea e falta de apetite – não é incomum as pessoas sentirem o estômago incomodar ou vomitarem durante um ataque cardíaco.

7. Dor em outras partes do corpo – a dor pode começar nos braços, cotovelos, no pescoço, na mandíbula e no abdômen.

8. Pulso irregular – os médicos dizem que você não deve se preocupar com uma eventual mudança no batimento cardíaco, mas que um pulso irregular acompanhado de tontura é sinal de arritmia. E arritmias podem levar a ataques cardíacos e morte súbita.

9. Dificuldade de respirar – além de indicar asma ou de obstrução crônica pulmonar, esse sintoma é indicativo de ataque cardíaco.

10. Suor – começar a suar frio de repente é um sinal claro de que você deve ir para o hospital.

11. Inchaço – assim como aumento de peso, acontece porque problemas cardíacos fazem com que os fluidos se acumulem no corpo.

12. Fraqueza – nos dias anteriores ao ataque cardíaco as pessoas sempre dizem sentir fraqueza.

13. Bônus: Impotência – Disfunção erétil pode ser sinal de problema cardíaco, já que a boa circulação do sangue é fundamental para uma ereção.

Arritmia Cardíaca

Tipos de arritmia cardíaca

As arritmias cardíacas podem ser classificadas de diversas formas, dependendo da freqüência, mecanismo de formação, local de origem, etc. Apresentaremos alguns termos mais gerais, comuns no dia-a-dia das pessoas.

Quanto à freqüência, as arritmias podem ser classificadas em:

• Bradicardia: ocorre quando o coração bate menos de 60 vezes por minuto. Em algumas pessoas, pode ser um achado normal, como em atletas. São conhecidos vários tipos de bradicardia, cada um com suas características peculiares. Os marcapassos cardíacos são utilizados no tratamento desse tipo de arritmia.

• Taquicardia: ocorre quando o coração bate mais de 100 vezes por minuto. Ocorre normalmente durante atividade física, estresse emocional, em presença de anemia e outras doenças. Existem vários tipos, algumas extremamente graves.

Quanto ao local de origem, as arritmias classificam-se em:

• Atriais: como sabemos, o coração é composto de quatro câmaras (ou divisões), dois átrios e dois ventrículos. O estímulo normal para o batimento cardíaco é gerado no átrio direito. Em algumas arritmias, esses estímulos são gerados em excesso ou em menor número, pela própria estrutura que normalmente os gera; em outras, o estímulo surge em algum outro lugar nos átrios, levando à ocorrência de arritmias atriais.

• Juncionais: essas arritmias surgem na junção entre os átrios e os ventrículos.

• Ventriculares: surgem dentro dos ventrículos, algumas com grande potencial para levar à morte.

Quais são os sintomas?

Muitas arritmias são completamente assintomáticas, e a grande parte da população apresenta alguns episódios arrítmicos durante o dia e nem se dá conta disso. A verdade é que existem alguns tipos de arritmias que estão mais associados à ocorrência de sintomas do que outros. E vai depender também de vários outros fatores: freqüência dos episódios, freqüência cardíaca atingida durante a arritmia, presença de doença cardíaca prévia, entre outros.

O sintoma mais comum é a palpitação (ou "batedeira"), que pode ocorrer tanto nas bradicardias quanto nas taquicardias. Algumas pessoas são bastante sensíveis e apresentam grande desconforto na presença desse sintoma. Outro sintoma comum é a síncope (ou desmaio) caracterizada pela recuperação imediata e espontânea. O indivíduo pode sentir também falta de ar, mal-estar, e outros sintomas que vão depender da presença ou não de outras doenças.

Algumas vezes, quando a arritmia é mais grave, o paciente pode apresentar confusão mental, fraqueza, hipotensão (pressão baixa), dor no peito (angina), caracterizando uma emergência médica e levando à aplicação de tratamento imediato para evitar a morte do paciente.

Como se faz o diagnóstico?

Na suspeita de alguma arritmia, após a conversa com o paciente e o exame físico, o qual pode mostra um pulso irregular, os exames complementares a serem solicitados são os seguintes:

• Eletrocardiograma: primeiro a ser realizado, por ser prático, simples e barato. O médico pode realizá-lo no consultório, durante a consulta. Porém, esse exame só vai permitir o diagnóstico se for realizado no momento da ocorrência da arritmia, embora existam alguns dados encontrados no exame normal que podem sugerir alguns tipos específicos de arritmia. Na emergência (pronto-socorro), permite a identificação da arritmia, agilizando a indicação do tratamento.

• Holter-24 horas: esse exame é a realização de um eletrocardiograma durante 24 horas. O paciente fica com os eletrodos durante esse tempo, ligados em um aparelhinho que é pendurado em sua cintura. Ele recebe uma ficha onde deve anotar as atividades que realizar, os sintomas que apresentar, colocando seus respectivos horários. Permite identificar muitas arritmias não visualizadas no eletrocardiograma normal, bem como relacionar a arritmia aos sintomas que o paciente apresenta.

• Ecocardiograma: não tem a finalidade de diagnosticar a arritmia, mas serve para detectar doenças cardíacas associadas, o que é de extrema importância para a avaliação do risco do paciente. É como se fosse uma ultra-sonografia do coração.

• Estudo eletrofisiológico: exame muito parecido com o cateterismo, realizado com a inserção de um cateter até chegar ao coração. O médico pode descobrir onde está sendo gerado o estímulo anormal, se existem "fios condutores" anormais, se ele consegue induzir uma arritmia e se ela responde aos medicamentos. Um detalhe fundamental: durante esse exame pode ser feito o tratamento de vários tipos de arritmia!

Como é feito o tratamento?

O tratamento vai depender do tipo específico de arritmia. Em alguns casos, o uso de medicação antiarrítmica é suficiente, podendo prevenir a ocorrência de novos episódios arrítmicos. Em outros, porém, há a necessidade de outras terapias.

Existe uma arritmia bastante comum na população, a fibrilação atrial. Ela acomete principalmente indivíduos com doenças cardíacas prévias, sendo um fator importante de piora dessas doenças. A importância dessa arritmia é o seu potencial para predispor à ocorrência de eventos tromboembólicos, como o acidente vascular encefálico ("derrame cerebral"). Por isso, esses pacientes fazem uso, além do antiarrítmico, de anticoagulantes para "ralear" o sangue e diminuir o risco de formar trombos ("coágulos") dentro do coração. É claro que o tratamento não é assim tão simples, variando dependendo de cada caso.

As bradiarritmias, quando sintomáticas e perigosas, são tratadas com o implante de um marcapasso. Esse aparelho tem a função de substituir o nó sinusal, gerando impulsos elétricos que são aplicados diretamente no coração e estimulando o batimento cardíaco. Hoje em dia, cada vez mais marcapassos são implantados, em todo o mundo.

Não podemos deixar de comentar sobre a parada cardíaca. Existe mais de um tipo de arritmia que leva à parada cardíaca, sendo que a mais comum é a fibrilação ventricular. Essa arritmia é gerada nos ventrículos e faz com que o coração perca a capacidade de bombear sangue. O indivíduo perde a consciência, pára de respirar e morre caso ela não seja revertida em poucos minutos. Como não há fluxo de sangue nos vasos, o cérebro não é oxigenado, assim caso a reversão demore a acontecer, após a ressuscitação o paciente pode apresentar seqüelas irreversíveis. A única forma de tratar adequadamente essa arritmia é a aplicação de choques no "peito" do pacientes (muito comum assistirmos a esse procedimento em novelas, filmes). Geralmente, esses pacientes apresentam algum tipo de doença cardíaca importante. Quando esses pacientes apresentam um episódio de parada cardíaca e são ressuscitados, dependendo do quadro global da doença cardíaca, indica-se o implante do cardiodesfibrilador. Esse aparelho é um tipo de marcapasso capaz de identificar a arritmia, quando ela acontece, e de aplicar choques diretamente no coração, para tratar a arritmia quando necessário.