sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ANATOMIA HUMANA

Intrudução a Anatomia


Conceito: anatomia é a ciência que estuda macro ou microcospicamente formas e estruturas do corpo humano.

Divisão: – sistêmica (descritiva): relata de forma geral.
– topográfica (regional): descreve uma região.
Divisão do corpo humano:
cabeça – crânio (neurocranio)
– face (viscerocrâneo)
pescoço
 
– tórax
tronco – abdômen
– pelve
superiores (D e E) – raiz: cintura escapular
– móvel: braço, antebraço, mão
membros
inferiores (D e E) – raiz: cintura pélvica
– móvel: coxa, perna, pé
 
Terminologia Anatômica
É o conjunto de termos empregados para indicar e descrever as partes do corpo humano.
Princípios:
1º A língua oficial é o latim (traduzida para o vernáculo de cada país).
2º Os termos devem ser breves e simples.
3º Os termos devem ser informativos e descritivos.
4º Deve-se evitar o uso de epônimos.
5º Em relação as abreviaturas:
artéria: a veia: v nervo: n
artérias: aa veias: vv nervos: nn
fascículo: fasc. músculo: m glândula: gl
ligamentos: ligg músculos: mm glândulas: gls
ramo: r
ramos: rr
6º Termos relacionados topograficamente devem ser empregados com o mesmo adjetivo. Ex.: Região da coxa: região femoral.
Divisão Anatômica
Posição anatômica: bípede, ortostática, face voltada para frente, olhar para o horizonte, pés unidos, membros superiores ao longo do corpo com palmas das mãos voltadas para frente.
Planos de delimitação do corpo humano (C.H.)
Plano ventral (anterior)
Plano dorsal (posterior)
Planos laterais (D e E)
Plano superior (cranial)
Plano inferior (podálico)
Plano de secção do c. h. :
– Plano sagital mediano
– Plano frontal
– Plano Transversal.
Eixos do c. h. :
– eixo sagital; Antero-posterior
– eixo longitudinal, crânio-caudal
– eixo transversal, latero-lateral.
Planos de construção do c. h. :
– artimeria: o plano mediano divide o corpo humano em duas metades D e E, que são os artímeros e são semelhantes = simetria bilateral.
– metameria: superposição no sentido longitudinal de segmentos semelhantes, cada segmento corresponde a um metâmero. Ex.: coluna, costelas.
– Paquimeria: é o princípio segundo o qual o segmento axial do corpo do individuo é constituído esquematicamente por dois tubos. Os tubos denominados paquímeros são respectivamente ventral e dorsal.
– Estratificação: o corpo humano é constituído por camadas (estratos) que se superpõem. Ex.: a pele é a camada mais superficial, vindo a seguir a tela subcutânea, a fáscia muscular, os músculos, os ossos.
A estratimeria ocorre também nos órgãos ocos como o estômago.
Termos de posição e direção do c. h. :
– Proximal: quando a estrutura está próximo ou voltada para a raiz.
– Distal: é quando a estrutura está distante da raiz.
– Lateral: a estrutura está mais próxima do plano lateral.
– Medial: quando a estrutura estiver voltada próxima ao plano sagital mediano.
– Intermédio: a estrutura que fica em meio a outras duas uma sendo medial e outra sendo lateral.
– médio: indica a estrutura que pode estar entre:
ventral (anterior) e dorsal (posterior)
cranial (superior) e caudal (inferior)
interna e externa
proximal e distal
Conceitos
normal: é normal o que é mais freqüente, na forma ou estrutura de uma população estudada.
variação anatômica: qualquer variação nas formas anatômicas que não prejudicam a função. Ex.: raça, sexo, idade, biótipo.
anomalia: mudança corpórea com prejuízo de função.
Monstruosidade: alterações de formas e de estruturas muito severas e há uma incompatibilidade (teoricamente) com a vida.
Generalidades sobre os ossos
Funções do esqueleto: proteção (para os órgãos internos como coração, pulmão, cérebro); sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de cálcio; sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o deslocamento do corpo no todo ou em parte e finalmente local de produção de algumas substâncias do sangue como hemácias.
Divisão do esqueleto:
axial (ossos da cabeça, pescoço, tronco)
apendicular (membros superiores e inferiores)
A união entre essas duas porções se faz por meio das cinturas: escapular (escápula e clavícula) e pélvica (ossos do quadril).
Numero de ossos
Normalmente é 206, todavia, varia se levarmos em consideração os seguintes fatores:
fatores etários
fatores individuais
critérios de contagem
Classificação dos ossos
Osso longo: comprimento maior que a largura e espessura. Ex.: fêmur, úmero, ulna, vadio.
Osso curto: equivalência das três dimensões. Ex.: ossos do corpo e do tarso.
Osso laminar: plano, comprimento e largura equivalente, predominando sobre a espessura. Ex.: ossos do crânio como parietal, frontal, occipital, escápula, osso do quadril.
Osso irregular: apresenta uma morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Ex.: vértebras, osso temporal.
Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volumes variável revestidas de mucosa e contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio. Ex.: frontal, temporal, maxilar, etmóide e esfenóide.
Ossos sesamoídes: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Os primeiros são os chamados intratendíneos e os segundos peri-articulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo.
SUTURAS
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união não tem a finalidade exclusiva de colocar os ossos em contato, mas também a de permitir mobilidade. Para designar a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos quer sejam cartilagem, empregamos os termos junturais ou articulação.
Classificação
As articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para essa divisão é a natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam.
Junturas fibrosas (imóveis = SINARTROSES)
É formada por tecido conjuntivo fibroso a grande maioria delas se encontra no crânio. É evidente que a mobilidade é extremamente reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade ao crânio. Há dois tipos de junturas fibrosas:
– suturas (pouca fibras): são encontradas entre os ossos do crânio.
– sindesmose (bastante fibras): a nomenclatura anatômica só registra um exemplo: sindesmose tíbio-fibular, se faz entre as extremidades da tíbia e da fíbula.
Junturas cartilaginosas (semi-móveis ANFIARTROSES)
O tecido que se interpõe é cartilaginoso.
– sincondroses: cartilagem hialina. Ex.: (esfeno-occipital (nascimento).
– sínfises: cartilagem com pouco de fibra = fibrocartilagem. Ex.: sínfese púbica (abre para passar feto)
Sinoviais (móveis = DIARTROSES)
Contém líquido sinovial, exige livre deslizamento das superfícies ósseas revestida por cartilagem hialina. A cartilagem é avascular e não possui inervação. Contém: cápsula articular, membrana fibrosa, membrana sinovial, ligamentos, discos e meniscos.
Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo
- movimentos angulares
- adução e abdução
- rotação
- circundução
- flexão e extensão
- pronação e supinação
Classificação funcional da junturas sinoviais:
As articulações podem realizar movimentos em um, dois ou três eixos.
– mono-axial: Ex.: cotovelo, flexão-extensão
– bi-axial: Ex.: radio-cárpica (punho), permite a flexão-extensão, adução-abducão.
– tri-axial: Ex.: ombro e quadril, permite a flexão-extensão, adução-abdução e rotação.
Classificação morfológica das junturas sinoviais:
– Plana: superfície plana permite perfeito deslizamento, permite pequeno movimento em qualquer direção. Ex.: articulação sacro-ilíaca.
– Gínglimo: fazem flexão e extensão sendo mono-axial. Ex.: cotovelo.
– Trocoide: superfícies articulares são segmentos de cilindro. Permitem rotação e seu eixo de movimento único é vertical, são mono-axiais. Ex.: radio-ulnar proximal responsável pelo movimento pronação e supinação do antebraço.
– Condilar: as superfícies articulares são elépticas permitem flexão-extensão, adução mas não rotação, são bi-axiais. Ex.: radio-cárpica (punho)
– Em sela: apresenta concavidade e convexidade. Ex.: carpo-metacárpica do polegar. Faz flexão-extensão, abção-abdução, rotação e circundução, porém é bi-axial porque o movimento rotação isolada não pode ser feita pelo polegar, só é realizada através da associação de movimentos.
– Esfenóide: superfícies que são segmentos de esferas e se encaixam em receptáculos ocos. Permite movimentos em 3 eixos, tri-axial. Ex.: ombro e quadril.
Sistema Muscular
A célula muscular está normalmente sobre o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu nervo motor e sua placa motora. O músculo pode ser voluntário se o impulso para contração resulta de um ato de vontade, ou involuntário se não comandamos a sua contração. Os músculos voluntários possuem estrias transversais por isso são chamados músculo estriado esquelético e os involuntários não possuem estrias por isso são chamados músculos lisos, são os músculos viscerais
– Músculo estriado esquelético:
Possui uma porção média chamada ventre muscular, é a parte ativa do músculo. As extremidades quando são cilindróides ou então tem formas de fita, chamam-se tendões; quando são laminares recebem o nome de aponeuroses e servem para prender o músculo ao osso, ou a cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme ou tendão de outro músculo.
Fascia muscular: é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo e a espessura varia de músculo para músculo dependendo da sua função. Sua função é dar maior tração ao músculo no momento da contração e permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si.
Origem e inserção
Por razoes didáticas convencionais chama-se de origem a extremidade do osso que não se desloca e inserção a extremidade do músculo presa a peça óssea que se desloca.
Classificação dos músculos
Quanto a forma do m. e o arranjo de suas fibras
A função do m. condiciona sua forma e o arranjo de suas fibras. Dê um modo geral um músculo tem suas fibras dispostas paralelas ou obliquas à direção de tração exercida pelo músculo.
a) Disposição paralela das fibras: pode ser encontrado em m. longos (Ex.: esternocleidomastoideo); em m. onde o comprimento e a largura se igualam = m. largos (ex.: glúteo máximo). Nos músculos largos as fibras podem convergir dando aspecto de lique (ex.: m. peitoral maior)
b) Disposição obliqua das fibras: músculos cujas fibras são obliquas em relação aos tendões denomina-se peniformes, que podem ser unipenados ou bipenados.
Quanto à origem: quando um músculo se origina por mais de um tenda, diz-se que apresenta mais de uma cabeça de origem. São classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps.
Quanto a inserção: do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. Quando há dois tendões são bicandados, três ou mais policandados.
Quanto ao ventre muscular: alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre eles. São digastricos os músculos que apresentam número maior.
Quanto a ação: dependendo da cão principal resultante da contração do músculo, o mesmo pode ser classificado como flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexos plantas, flexos dorsal, etc.
Classificação funcional
– agonista
– antagonista
– sinergista

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